Um blog recheado de pleonasmo, hipérboles e muuuuito conteúdo Robertástico.

Sobre a visão.

Bom, a minha visão de mundo mudou completamente após o desencarne de vovó. Parece que o mundo metafísico se tornou aparentemente possível. Por mais que agora eu perceba que há pensamentos existencialistas e totalmente materialistas tentando penetrar em todos os meus pensamentos, depois de tudo que passei.. parece que há um campo de força muito intenso em minha volta. Eles não conseguem penetrar no mundo do núcleo das ideias. Fico muito feliz de perceber toda minha evolução de modo macroscópico. Antes estava totalmente impossível de viver, e eu estava fadado a cair a qualquer momento. Nesse momento que escrevo esse desabafo, eu me encontro triste. Mas o porquê da tristeza se há tanta evolução e tantas rosas boas? Escolhas. Durante o processo de vovó no hospital, eu precisei fazer uso das minhas reservas de energia. Energia que eu tinha acumulado durante todo o ano para esse tipo de emergência, e fiz a escolha de sofrer depois que todo o mar tivesse passado. Senti necessidade de manter todos estáveis para depois consertar os meus danos. Afinal, eu sempre consigo me recuperar de quedas. Mas eu não tenho essa mesma certeza dos universos que me cercam. Fiz uso das minhas reservas e escolhi sofrer após tudo isso acabasse. Agora todos estão estabilizando e eu comecei a apresentar as primeiras falhas. E eu faria tudo novamente. O único problema de escolher sofrer depois, é que as dores não são as mesmas daqueles mesmos objetos sociais que implicavam durante os momentos intensos. Agora a dor é de saudade, de não poder tocá-la fisicamente.. mas estranhamente estou reagindo tão bem a tudo isso, que eu estou orgulhoso de tudo o que eu demorei anos para construir e chegar na versão que estou hoje. Finalmente parece que os anos de terapia, o tempo com o psiquiatra, a ida ao hospital psiquiátrico durante aquele dia, a ida às ilhas.. e minha queda em naufrágios valeram muito agora. Parece estranhamente que tudo foi planejado no tempo e na medida exata para acontecer. E por mais que o existencialismo tente penetrar em mim novamente, ele não consegue. Pois eu já não sou o mesmo invólucro de uma alma morta de antes. Os meus esquemas ainda ocorrem. Mas eu agora reconheço meus limites, reconheço minha fisiologia mentalmente, e vou aprendendo o meu beabá mental todos os dias. Para o meu reconstruir, o meu construir, o meu reaprender, o aprender de novo e o meu recomeçar. <3

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