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O primeiro dia

O primeiro dia do ano sempre é motivo para pensar no futuro. Acredito que são as janelas da alma se abrindo, e com essas oportunidades eu sempre acabado refletindo sobre tudo o que passou até aquele ponto. Depois de vovó partir para outro lugar, o meu mundo se desfez e se refez com tamanha destreza, que agora é difícil explicar sobre como eu pensava antes de tudo parecer desmoronar. Gosto de perceber minhas mudanças internas anualmente, mas 2020 foi um ano tão surpreendente que nos primeiros meses eu já senti que estava tudo diferente. Vovó ficou doente em março e desde então comecei a minha reconstrução. Comecei mudando o meu contrato com ela, que por mais que pareça algo muito ineficaz, foi o que me permitiu avançar tanto. O meu contrato inicial com minha avó tinha o limite de que caso ela ficasse doente e caso estivesse partindo, deveria me avisar com antecedência. E que eu nunca deveria ultrapassar os limites dela. E caso viesse a falecer, que pudesse mostrar de alguma forma, que há algo do outro lado, se houvesse. E bom, eu contei sobre esses limites a ela em 2012 e ela não entendeu muito bem mas ela os aceitou. A ideia dos contratos começou quando eu era criança, e com eles eu poderia viver em sociedade sem medo de me machucar ou ferir o outro. Mas esses contratos só funcionariam em vida, e caso não pudesse ser aplicado, o contrato seria rompido. Eu tinha muita dificuldade com interação quando criança, então meio que sempre criei contratos para cada membro do meu círculo social. Cada um com suas próprias particularidades. E fiz isso por muito tempo, até o dia que vovó se foi. Quando ela se foi, coisas inexplicáveis aconteceram. Coisas que a razão não pode explicar. E eu não posso dizer que não ocorreu, pois eu vi e vivi certas experiências das quais ainda não pude entender completamente. Um pouco antes da minha mãe receber a ligação que minha avó estava em uma parada cardíaca, eu a vi na porta do quarto, acompanhada de mais duas luzes de energia ao lado. Quando olhei eu entrei em choque. Porque além de enxergar completamente, eu ainda a vi interagir com os objetos flutuantes. Até esse momento eu estava totalmente mergulhado somente naquilo que eu poderia imaginar ou tocar.. E depois eu ainda a vi novamente. O mais inacreditável ocorreu, com essa experiência o mundo metafísico se tornou acessível. E o mundo inteiro mudou. A forma de ver o mundo mudou completamente. Tão rápido que quando parei pra analisar sobre todas as experiências estranhas que vivi até agora, essa foi a única que conseguiu alcançar o alter ego. E isso é algo fascinante. Um evento que não poderia ser explicado junto de uma fase de reconstrução, deu sentido a tudo. Não estou dizendo que a partir de hoje eu acredito totalmente em algumas correntes filosóficas, mas agora, o mundo se tornou colorido. E com essas mudanças, eu tive forças finalmente pra modificar as regras dos contratos. E agora eles não funcionariam somente para pessoas, mas para seres. E foi aí que toda mudança interna começou. Com essa mudança, os gatilhos diminuíram muito. O tempo se tornou muito mais valioso e tudo o que era essencial e invisível aos olhos se tornou importante. Bom, vou ficando por aqui e essa foi a primeira postagem de 2021. Eu não sei se vocês já passaram por algo assim. Mas se passaram, deixa um comentário aí. Quem sabe a gente não troca algumas figurinhas?

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