Alguns versinhos que escrevi inspirado no Carlos Drummond de Andrade
Carta para um velho eu
Gosto do velho,
De me contar em versos
Desses que vem do peito
E cai no papel que te escrevo
Os delicados se precipitaram nas águas
Mas continuo estático.
O mesmo verso sobre verso de sempre
E assim vou me contando
Me despindo do ego e do mundo cão
Vou deixando em cada verso meu,
Um pouco das minhas velhas peças.
E que juntas formarão um quadro.
A mais pura fotografia da alma.
Com o mais delicado peso de pássaro.
Me exponho cruelmente em palavras.
E o velho eu vai se mudando aos poucos.
Se livrando de todo mal que carrego.
E em cada coração que me abriga,
Me entrego de poesia e com alegria.
Pois o mundo já é cinza lá fora.
É necessário tempo com as palavras para o entender que a vida apenas prossegue
E tudo o que nos resta é o amor.
Pra renovar toda nossa esperança…
Mais amor.