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Coisas simples

Olá, pessoinhas. Como vocês estão? Por aqui eu estou muito bem. Bom, depois de um tempo implementando minhas técnicas de auto cuidado, comecei a me perguntar sobre como seria ter um relacionamento intenso com outro universo. E descobri que eu tenho medo. Antes de qualquer suposição, saibam que não estou morrendo de poesias por ninguém. Mas adoro pensar e discutir internamente sobre isso. Você já parou para pensar nas situações cotidianas que você passaria junto da pessoa amada? Pois é. Não só de pensar estar em uma linda igreja, esperando uma linda noiva entrar pela porta se faz um pensar em relacionamento futuro. Ao meu ver, as situações cotidianas são muito mais importantes do que momentos muito grandes. Minha situação favorita é imaginar o mercado. Eu morrendo de medo da moça pegar um saco de feijão( detesto ) e eu escolhendo a coca cola retornável cuja embalagem esteja mais intacta possível. Imaginar apenas essa situação até me traz um sorriso no rosto indescritível. Mas ao adicionar uma pequena pitada de certas cores, as coisas no mercado talvez não fiquem tão coloridas assim. Talvez até causando uma mudança inteira de comportamento. Detesto quando esses pensamentos de incapacidade interferem em pensamentos mais alegres e brandos. Mas infelizmente me persegue. O medo não de amar ou dificuldade de lidar com a tal da ansiedade boa. Mas o medo de talvez, descolorindo o ser que mais amo no planeta. Fascinante. Eu gosto de imaginar esses momentos de altos e baixos. Principalmente quando tem relação com o futuro e talvez alguém mais próximo. E nesse caso, é super essencial e saudável discutir sobre isso internamente. Acho que a coisa mais essencial ao discutir sobre amar o outro, é também o conceito de limite e empatia. Limite pois é importante reconhecer e respeitar o limite de quem amamos e empatia para tentar enxergar com olhos do outro e inverter os personagens. Acho tão legal esses dois conceitos. Pois eles ao meu ver, são quase base de todo o resto invisível. Se ambos existirem juntos, tudo fica muito mais fácil. O amar deixa se tornar o que junta, e passa apenas a fazer parte da ponte que liga os corpos. Olhar o outro como olhar a si mesmo, torna o insensível na palma da mão. O mundo acaba se tornando colorido, apesar de todo o cinza em volta. Talvez o meu medo não precise ser superado, pois a moça não me existe. Mas o reconhecer os primórdios, me faz pensar que ainda que seja muito difícil compreender certas coisas, quando há verdadeiramente o amor, nem mesmo o fim do infinito torna o fim como verdade absoluta e dolorosa. Se há realmente amor entre corpos, o fim é compreendido não como desperdício de tempo ou egos intangíveis. Mas se torna oportunidade de olhar para quem o acompanhou e perceber que este merece algo diferente e talvez seja algo que não possas entregar.

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