Olá, pessoas que loucamente sempre estão por aqui. Aqui estou eu, escrevendo esse artigo com uma dor de dente, com uma mistura de dor de cabeça e com outras dores juntas. Todas dores físicas. É interessante escrever sobre dor. Pois geralmente, as minhas são internas. E por coincidência do destino, a dor que sinto hoje é física. E me impede até mesmo de assistir vídeos de gatinhos fofos no YouTube. Mas, o porquê desse artigo? Bom, independente do tipo de dor, a ferida dói. Seja a ferida interna ou externa, ela deixará rastros e cores muito intensas no ato da rotina. Eu costumo fazer brincadeiras com as palavras, nas minhas poesias sobre aquelas feridas que nunca cicatrizam internamente. Não que eu esteja comparando tipos de dores. Ambas atingem a rotina ferozmente. Mas a parte mais poética de sentir tudo isso, é o ato de perceber a temporalidade entre tudo o que passamos. Ontem não havia tudo isso, hoje não consigo falar por conta de um problema nos dentes. Que talvez seja até cirúrgico. Mas independente do que seja, perceber que tudo é um passo que vem como outros que vão, é simplesmente fascinante. Hoje me sinto muito incapacitado por não conseguir parar para assistir minhas aulas pendentes. Mas o ato da resistência e de compreender os passos, torna a sensação de incapacidade não tão intensa. E perceber o carinho das pessoas que me cercam é muito mais fascinante. Dá uma sensação boa de que apesar das fases muito ruins. Algumas sementinhas já estão crescidas. E isso é parte do invisível. Eu falo muito sobre a parte que é invisível aos olhos nas minhas poesias. E tento levar isso até para a minha fala cotidiana. Mas perceber que também estou contribuindo e espalhando essa cor transparente para as pessoas que eu gosto, é indescritível. Não vejo a hora de começar a organizar o livro de poesias. É sobre essas coisinhas escondidas nos detalhes, que tornam a vida mais calminha.