Um blog recheado de pleonasmo, hipérboles e muuuuito conteúdo Robertástico.

A praia

Registro de uma praia em condições atuais feito por Minduim.

Olá pessoas incríveis que leem minhas postagens recheadas de conteúdos robertásticos. Escrevo esse texto às 04:16 do dia 12/09/2021. Ah, a praia.. O salgado sabor do sal que dissolve as impurezas da alma.. Antes de começar a escrever sobre a praia e o fantástico mundo de Beto, deixo aqui meus mais sinceros agradecimentos vindos do fundo da minha alminha: muito obrigado por ter feito esse belíssimo registro, Minduim. A praia é geralmente o lugar mais intenso ao meu olhar. Principalmente pois foram em várias praias do Rio de Janeiro que pude contemplar o invisível aos olhos de tão perto. Em momentos críticos estive com o sal nos meus cabelos e as lágrimas recolhidas pela água, em momentos felizes sorri com o sal nos meus olhos em direção aos olhos da minha mãe e em momentos de solitude, pude escrever versos com os pés cravados na areia e coordenar a incerteza que viria. Em pensar, que já faz mais de dois anos que não me encontro em outro ambiente diferente do meu quarto. Óbvio que precisei sair em alguns momentos, mas nunca em tons recreativos. Só de pensar que vivi um verdadeiro isolamento antes mesmo da pandemia, chega a doer um pouco internamente. Mas vida que segue. Nas minhas poesias a praia tem outro nome. Geralmente aparece como cidade da fênix. Onde os homens submersos na rotina, geralmente acordam quando perdem o passo. Fascinante, né?! Basta ter um pouco de tempo livre na infância, e acabo por criar um universo inteiro e completamente diferente da realidade física e material. Hoje me peguei novamente fazendo a mesma pergunta de sempre: Será que se eu tivesse conhecido Emília e Visconde mais cedo, tudo seria diferente? Emília e Visconde são apelidos que acabei de inventar para não inserir o nome real dos meus analistas por aqui. Continuando a velha demagogia dos meus textos robertásticos, essa pergunta é realmente fascinante. E depois de anos me fazendo a mesma pergunta desde 2016, hoje finalmente concluo que não. Literalmente não mudaria nenhuma das minhas cores internas. Eu continuaria com um monte de regras a serem seguidas e padrões talvez mais chatos ainda que os atuais. Mas a forma como lido com as coisas em volta, com toda certeza sim. Eu talvez não estaria aqui, para falar a verdade. Emília com uma convicção absurda de uma estabilidade futura e uma perspicácia para evitar manipulações extremas de um Roberto em fase de estrela morta, um carinho absurdo por cada cor que eu descrevia e perceber que a neblina não era o tudo. E Visconde com sua perspicácia em desvendar os meus famosos dados viciados, sacar os meus mistérios tão cobertos por neblina e além de investir uma credibilidade em uma autonomia de um ser que se achava tão limitado e preso as próprias regras, que me ajudou a traçar estratégias para um autocuidado mais refinado. Esses dois seres caminham sobre o mesmo céu que eu. E salvaram juntos todos os meus sonhos e me ensinaram a juntar todas as minhas partes. E toda essa jornada de batalha intensa, talvez já estivesse acontecendo muito antes disso, mas aos meus olhos começou em uma praia em Copacabana. No dia do homem de negócios. No dia que vi minha mãe triste por termos passado por mais um psiquiatra da lista que não deu certo. E depois de anos após encontrar Emília e Visconde, aqui estou eu. Escrevendo esse texto às 04:31 da manhã. Mas com total certeza que até mesmo essa pequena zona de turbulência atual passará como todas as outras que vieram antes. Com total certeza que cada passo dado até aqui, possibilitou a melhor versão de mim. Talvez se eu deixasse de durar, não houvesse Charlie, Nem Itabira, nem protocolos para cada ação, nem o uso do método científico, nem a racionalização dos círculos sociais, nem o apego as palavras, o quebra-cabeças com eletrônica e o uso da programação para ocupar o espaço. Eu provavelmente seria uma alma tão morta. Acredito que a pior coisa além da incapacidade e o limite que rege o tudo, é a morte interna de toda a individualidade, o fragmentar das cores e o desbotar da alma. Acho que isso é tudo por hoje. E deixo aqui o meu muito obrigado a cada universo que me coloriu de maneiras tão particulares, que hoje carrego um pouco de cada um em mim. Fique bem. E aproveite essa imagem fofíssima e aleatória que achei na internet:

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