Um blog recheado de pleonasmo, hipérboles e muuuuito conteúdo Robertástico.

Charlie e Billy

O tempo não parou.
Feroz e voraz como o vento.
Sem meu perceber passou.

Os tons de Charlie na avenida.
Totalmente parada em meio a Itabira.
A necessidade do toque aparecendo.

Sem adaptar ao mundo.
A preditividade se perde.
O corpo se tornou frágil.

O vi dormindo mais uma vez.
E senti necessidade do meu preparo.
Paro o mundo inteiro com a caneta.

Sento. Sinto. Sã.
A garganta em rebuliço interno.
Da última parte dela se desvaindo.

O meu saber que tudo apenas prossegue.
Paro. Rio. Penso.
Então escrevemos dias de sol.

Que na literatura pinto o mundo.
Descrevo com tamanha vontade tudo que vejo.
Mas é impossível descrever como funciona.

O perder nunca acontece no que pode ser tocado.
Ocorre sem aviso prévio. Instantaneamente.
Principalmente não existe preparo.

De saber que o vi nascer, dei seu nome e agora vejo a energia desapareçendo
Nem o ato de loucura explicaria.
Nem sombra de mim.

Que eu não sinta saudade da sua companhia na varanda.
Do seu latido que tanto eu reclamava ao esperar a entrega.
O mundo se torna menos mundo. E muito mais mundo ainda ele se reconstrói.

Agora não comes, não ri, não chora e nem pede comida.
Do não latir para o moço do pet shop.
Como um invólucro tão frio que só percebo agora.

Em vão escrevo tudo isso.
Na tentativa ainda sã de jogar tudo fora.
Que nem protocolos, medidas, explicações caberiam em tudo isso.

Mas agradeço gentilmente pela viagem.
O final não importa tanto.
A verdadeira aventura só acontece no caminho. Da morada em capim-limão

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